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Núcle de Prevenção: Projeto
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JUSTIFICATIVA:

O Trauma é definido como um conjunto de perturbações causadas subitamente por um agente físico, de etiologia, natureza e extensão muito variadas. Assim, este deve ser encarado como uma doença, uma vez que é proveniente da ação de agentes etiológicos conhecidos, exige atitudes e procedimentos terapêuticos específicos, e, acima de tudo, por ser evitável.

A melhor forma de se combater essa doença é a sua prevenção. Isso se justifica pelo fato de que 50% ou mais das mortes devido a esta afecção são evitáveis, e 30% das mortes restantes são potencialmente evitáveis.
A importância do Trauma como doença é diretamente proporcional a evolução da humanidade. O Trauma pode ser rotulado como uma negligência do mundo moderno, tanto que os investimentos feitos visando seu controle, prevenção e tratamento são inversamente proporcionais à rápida progressão da violência e dos mais diversos tipos de Trauma.

As lesões traumáticas ocorrem em obediência a padrões previsíveis e são, portanto, passíveis de prevenção. Assim, a prevenção destas adquire um destaque especial não somente por promover a saúde como também por contribuir na redução dos custos da assistência.


O Trauma é tido hoje como uma Guerrilha Urbana e, desta forma, torna-se um Problema de Saúde Pública. Isso pode ser corroborado pelo fato de que o Trauma constitui-se na segunda causa de morte em geral e implica custos diretos e indiretos em bilhões de reais por ano.

Sobre o tema, há a análise da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), em publicação de 1993: “a violência pelo número de vítimas e a magnitude de seqüelas orgânicas e emocionais que produz adquiriu um caráter endêmico e se converteu num problema da Saúde Pública em vários países” (...) “O setor Saúde constitui a encruzilhada para onde confluem todos os corolários da violência, pela pressão que exercem suas vítimas sobre os serviços de urgência, de atenção especializada, de reabilitação física, psicológica e assistência social”.
Entre as principais causas de morte de adultos jovens no Estado do Ceará estão os acidentes de trânsito. Além dos óbitos, são inúmeros os casos de incapacidade temporária ou permanente dos que a eles sobrevivem. Os custos destes acidentes ultrapassam a mensuração econômica, mormente, o setor saúde, recebedor das conseqüências e detentor de serviços de alta complexidade e de custos particularmente elevados, devido à natureza dos procedimentos médicos exigidos nestes casos e aos prolongados períodos de hospitalização. A grande maioria destes acidentes poderia ser evitada com a observância de medidas direcionadas ao trânsito, tais como: segurança, engenharia, orientação permanente, campanhas de regras de civilidade a fim de se lograr êxito com uma prática de direção saudável e cordial.

No Ceará, em 1998, houve uma ligeira redução das mortes por acidentes de trânsito, voltando a crescer em 2000, sem, contudo chegar ao coeficiente de 17,2 óbitos por 100.000 habitantes do ano de 1997, o mais elevado já registrado no Estado. A redução da mortalidade em 1998 coincidiu com a aplicação do novo Código Nacional de Trânsito. Cerca de 40% destes óbitos são causados por atropelamentos, mostrando que a promoção da educação no trânsito para a população em geral pode reduzir substancialmente estas mortes evitáveis.

O trauma pediátrico é também de extrema relevância uma vez que consiste na principal causa de morte e invalidez na infância. Isso se deve ao fato de que a maioria dos acidentes ocorre porque se superestima a capacidade da criança e se desconhecem as etapas de seu desenvolvimento psicomotor. Os principais tipos de trauma pediátrico são: queimadura, afogamento, queda, colisão de automóvel, queda de bicicleta e atropelamento, todos passíveis de prevenção.

De acordo com o ATLS, Suporte Avançado de Vida no Trauma, as formas de prevenção são várias e podem ser classificadas em primárias, secundárias e terciárias:
Primária: implica eliminar totalmente o trauma em si, de tal forma que ele não aconteça.
Ex. faróis nos cruzamentos de ruas; proteção em janelas de forma a impedir a queda de crianças; cercas de proteção ao redor de piscinas a fim de evitar mortes de pessoas que não sabem nadar; tampas de segurança em vidros de remédios de modo a evitar a ingestão, etc.
Secundária: parte da premissa que a lesão pode ocorrer, mas empenha-se em reduzir a gravidade das lesões.
Ex. cintos de segurança, capacetes para condutores de bicicletas e motocicletas, etc.
Terciária: medidas para reduzir as conseqüências do trauma uma vez que ele já ocorreu.
Ex. sistemas de trauma, incluindo a coordenação de recursos de emergência médica, a identificação dos centros de trauma e a integração dos serviços de reabilitação para reduzir seqüelas.
Segundo o ATLS, as medidas de prevenção das lesões traumáticas podem ser orientadas para os fatores humanos (aspectos comportamentais), para os vetores da agressão e/ou para os fatores ambientais e podem ser executadas de acordo com os quatro “Es” da prevenção: Educação, Execução de leis, Engenharia e Economia (incentivos). Destes fatores, o que se adapta melhor ao raio de ação dos estudantes de medicina é a Educação.

OBJETIVOS:

Objetivo principal:
- Procurar diminuir a incidência de trauma na infância e no adulto jovem no Município de Fortaleza.

Objetivos específicos:
1. Informar à comunidade sobre os principais fatores de risco para o Trauma.
2. Alertar sobre o fato de que o Trauma se tornou problema de Saúde Pública.
3. Esclarecer as principais causas que levam ao Trauma, bem como suas conseqüências.
4. Educar sobre as formas de se prevenir Trauma na infância, adolescência e adulto jovem.
5. Informar as principais medidas iniciais na ocorrência das categorias de trauma mais prevalentes.

METODOLOGIA:

O projeto de Prevenção do Trauma dar-se-á através de aulas ministradas por acadêmicos de medicina (pertencentes à Liga de Trauma do Ceará) previamente treinados pelo Dr. Grijalva F. Costa (Diretor Médico do Instituto Dr. José Frota – IJF) e pelo Prof. Heládio Feitosa (Titular da disciplina de Urgências Médicas da Universidade Federal do Ceará – UFC).

O público alvo das palestras será estudantes de escolas públicas e privadas de Fortaleza que estiverem cursando da 7ª série do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio e pais de crianças de até 12 anos.

Ao longo do ano, os integrantes da Liga de Trauma - Ce dirigem-se às maiores instituições de ensino do município de Fortaleza divulgando o projeto de prevenção e oferecendo esta palestra. Cabe ao responsável pela instituição de ensino apenas a divulgação do evento na escola e a disponibilização do espaço para a palestra.
As aulas serão ministradas na forma de apresentação em retroprojetor ou Data-Show, de acordo com a disponibilidade do local ou da Liga de Trauma - Ce. A palestra será dividida em dois momentos: no primeiro, apresenta-se aos alunos o conteúdo teórico a ser abordado; no segundo momento, serão encenadas situações de atendimento a pacientes vítimas de trauma. Neste último momento, o palestrante encenará o atendimento a um “modelo vivo”, cujo papel será desempenhado por outro integrante da Liga de Trauma – Ce. Com este recurso, consegue-se prender a atenção dos alunos, além de conferir maior realidade à encenação. As palestras serão realizadas durante o período letivo.

Dentre os tópicos que serão abordados nas aulas, tem-se:
· Definição de Trauma
· Mecanismos de Trauma
· Causas mais comuns de Trauma
· Epidemiologia do Trauma
· Formas de Prevenção do Trauma
· Violência Doméstica
· Principais medidas iniciais no atendimento a vítimas de trauma

Para fins de avaliação do êxito alcançado com a palestra, no início de cada uma delas, os alunos farão um pré-teste que consta de questões com cinco opções, sendo somente uma verdadeira. No final da aula, os alunos serão submetidos a um pós-teste igual ao pré-teste. As afirmativas versam sobre os vários assuntos que serão abordados durante a aula. É importante salientar que os alunos não são informados, no início da palestra, que o pré-teste será igual ao pós-teste.

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